quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ciência Viva

                                    Sei Um Ninho                                                                
  
 


Sei um ninho 
E o ninho tem um ovo.                                                             
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho 
Novo.

Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino 
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo 
Que faça o pino
A voar...

Miguel Torga (1907-1995)


terça-feira, 3 de maio de 2011

O Cantinho da Leitura

Vamos Ler uma História?




Através deste link tens muitas outras histórias a descobrir!

http://www.historiasinfantis.eu/anita-no-ballet/

O Casalinho de Falcões



Schillerschule Bretten

Esta é a escola onde tem lugar o curso de LCP de Bretten. Um aglomerado de edifícios, sendo o mais elevado o do lado direito. 
É precisamente aí, que, desde há 15 anos, no início da primavera, se aninha um casal de falcões,  para constituir família.


Regressados das férias da Páscoa, os alunos depararam-se com um espetáculo de ternura: 
uma câmara de vídeo, instalada numa casinha de madeira, segura ao beiral,  transmite, qual show de big brother, para um  monitor de televisão instalado no átrio da escola e lança ao minuto na internet, as imagens do quotidiano de um casal feliz.


Dos pormenores falarão os alunos num pequeno projeto que os irá envolver durante esta semana.


Para nos deliciar, as imagens reais que nos acompanharão até ao verão:

http://www.teach-online.de/schillerschule-bretten/webcam.htm

( retirado da Página da Schillerschule de Bretten http://www.schillerschule-bretten.de/)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ainda o 25 de Abril

                         


                                    O Tesouro

                                         um livro sobre este acontecimento, da autoria de Manuel António Pina.

http://e-livros.clube-de-leituras.pt/elivro.php?id=otesouro

Para ler, passa as páginas na seta ou nos cantos.
 Para ouvir, carrega em ler+ giro.

domingo, 1 de maio de 2011

Histórias Tradicionais







A Sopa de Pedra




A Sopa de Pedra ou Caldo de Pedra é uma sopa típica da culinária portuguesa, em particular da cidade de Almeirim, situada no coração da região do Ribatejo.

Estátua alusiva em Almeirim


Ao contrário do que o nome indica, a Sopa de Pedra é uma sopa com muitos ingredientes, em que a „pedra“ é apenas um „pretexto“. (in wikipédia adaptado)


 A Lenda

A SOPA DA PEDRA

   Um frade andava no peditório. 



  Chegou à  porta de um lavrador, não lhe quiseram aí dar esmola. 
  O frade estava a cair com fome, e disse :
- Vou ver se faço um caldinho de pedra …
  E pegou numa pedra do chão, sacudiu-lhe a terra e pôs-se a olhar para ela, para ver se era boa para fazer um caldo. A gente da casa pôs-se a rir do frade e daquela lembrança. Perguntou o frade :
- Então nunca comeram caldo de pedra? Só lhes digo que é uma coisa boa.
  Responderam-lhe :
- Sempre queremos ver isso!

  Foi o que o frade quis ouvir. Depois de ter lavado a pedra, pediu :
- Se me emprestassem aí um pucarinho…
 Deram-lhe uma panela de barro. Ele encheu-a de água e deitou-lhe a pedra dentro.
-Agora, se me deixassem estar a panelinha aí
ao pé das brasas

Deixaram. Assim que a panela começou a chiar, tornou ele:
- Com um bocadinho de unto, é que o caldo ficava um primor!
  Foram-lhe buscar um pedaço de unto. Ferveu, ferveu, e a gente da casa pasmada pelo que via. Dizia o frade, provando o caldo :
- Está um bocadinho insosso. Bem precisava de uma pedrinha de sal.

  Também lhe deram o sal. Temperou, provou e afirmou :
- Agora é que, com uns olhinhos de couve o caldo ficava que até os anjos o comeriam! 
  A dona da casa foi à horta e trouxe-lhe duas couves tenras. 
 O frade limpou-as e ripou-as com os dedos, deitando as folhas na panela.
Quando os olhos já estavam aferventados, disse o frade :
- Ai, um naquinho de chouriço é que lhe dava uma graça
Trouxeram-lhe um pedaço de chouriço. Ele botou-o à panela e, enquanto se cozia, tirou do alforje pão e arranjou-se para comer com vagar. O caldo cheirava que era uma regalo. Comeu e lambeu o beiço. Depois de despejada a panela, ficou a pedra no fundo. A gente da casa, que estava com os olhos nele, perguntou:

- Ó senhor frade, então a pedra?
  Respondeu o frade :
- A pedra lavo-a e levo-a comigo para outra vez.
E assim comeu onde não lhe queriam dar nada.
In: http://sotaodaines.chrome.pt/sotao/histor40.html ( adaptado)

                                     A Receita 
Sopa de Pedra

1L de feijão encarnado
1kg de orelha e cabeça de porco
200gr de entrecosto
250 de carne de vaca para guisar
100 gr de toucinho entremeado
1 chouriço de carne
1 morcela
1 couve lombarda
400gr de batata
2 cenouras
2 cebolas
2 dentes de alho
sal q.b.
hortelã q.b.
coentros q.b.

Preparação

Prepare de véspera a orelha e cabeça de porco, raspando e limpando e salgue juntamente com o entrecosto.
Coloque o feijão de molho
No dia seguinte lave a as carnes e os enchidos e ponha-os a cozer em água e sal.
Separadamente ponha o feijão a cozer.
À medida que as carnes forem cozendo vá retirando as que cozem primeiro- as carnes de porco e os enchidos- para não se derreterem.
Logo que retirar todas as carnes, deite na água da cozedura, a couve, a cenoura e a cebola, cortadas em pedaços e os alhos picados. Algum tempo depois acrescente as batatas, igualmente cortadas em pedaços.
Escorra o feijão e retire duas conchas, que passa no passe-vite.
Quando os legumes estiverem cozidos, junte-lhe o feijão inteiro e o passado.
Deixe ferver um pouco para apurar e retifique os temperos.
Corte as carnes de porco e de vaca em bocados, os enchidos às rodelas e o toucinho em fatias.
Deite as carnes na panela e logo que levante fervura, os enchidos e o toucinho. Sirva imediatamente.

A tradição manda que, no fundo da terrina da sopa, se coloque uma pedra bem lavada. A pessoa a quem calhar a pedra é que deve oferecer a próxima refeição.
(  Recolha em fontes várias, internet)